Apple supera previsões trimestrais e atinge máximos históricos com impulso do iPhone 17 e previsões fortes para o Natal
Aqui pode acompanhar as últimas informações relacionadas com a Apple. Acompanhamos de forma contínua os desenvolvimentos mais relevantes que impactam esta empresa e consolidamos os pontos essenciais num formato que oferece uma visão clara, objetiva e alinhada com a nossa análise.
Strategic Highlights – 30 outubro 2025
- Lucro por ação do 4.º trimestre fiscal atingiu 1,85 USD, acima dos 1,77 USD esperados; receitas totais subiram 7,6% YoY, para 102,47 mil milhões USD.
- Vendas de iPhone 17 cresceram 14% face ao modelo anterior nos EUA e China, atingindo recorde de 49 mil milhões USD.
- Apple prevê crescimento de 10–12% nas receitas do trimestre de Natal, superando as estimativas de Wall Street.
- Valor de mercado aproxima-se dos 4 biliões USD, após valorização de +24% no trimestre.
- A empresa enfrenta, em paralelo, nova queixa antitrust na UE e pressão fiscal na Índia, refletindo desafios regulatórios crescentes.
Nota de Contexto
A Apple Inc., fundada em 1976 e sediada em Cupertino (Califórnia), é a maior empresa de tecnologia do mundo em valor de mercado, com uma capitalização próxima de 4 biliões USD. Opera em eletrónica de consumo, software e serviços digitais, destacando-se pela integração vertical dos seus produtos – iPhone, Mac, iPad, Apple Watch, AirPods e Apple TV+ – e pela capacidade de gerar margens elevadas em hardware premium.
Desde 2024, a Apple enfrenta desafios duplos: manter o crescimento do iPhone num mercado saturado e responder ao atraso em soluções de inteligência artificial (IA) face a rivais como Google, Microsoft e Samsung. A estratégia recente tem passado por reforçar os serviços (Apple TV+, iCloud, Pay, Music) e expandir a produção para a Índia, reduzindo dependência da China.
Resultados do 4.º Trimestre Fiscal de 2025
A Apple apresentou resultados acima das expectativas, impulsionados por uma forte procura pelo iPhone 17 Pro e recuperação parcial na China após meses de volatilidade.
| Indicador | 4T Fiscal 2025 | Estimativa | Variação YoY |
| Receita total | 102,47 mil M USD | 102,26 mil M USD | +7,6% |
| Lucro por ação | 1,85 USD | 1,77 USD | +8% |
| Receita iPhone | 49,03 mil M USD | 50,19 mil M USD | +8,6% |
| Serviços (Apple TV, Music, iCloud) | 28,75 mil M USD | 28,17 mil M USD | +7,2% |
| Mac e iPad | 15,68 mil M USD (total) | 15,57 mil M USD | +3% |
| Wearables (AirPods, Watch) | 9,01 mil M USD | 8,49 mil M USD | +6% |
| Margem bruta | 47–48% (orientação Q1) | 46,9% (consenso) | — |
Apesar de restrições de oferta e atrasos na China com o novo iPhone Air, o CEO Tim Cook destacou que a empresa “enfrenta um bom problema: não consegue produzir ao ritmo da procura”.
O trimestre de julho a setembro incluiu apenas 11 dias de vendas do iPhone 17, mas já mostrou tendência ascendente: as vendas iniciais superaram as do iPhone 16 em 14% nos EUA e China, com procura particularmente forte nas versões Pro e Pro Max, de margens mais elevadas.
Perspetivas para o 1.º Trimestre Fiscal de 2026
A Apple antecipou resultados superiores às estimativas de Wall Street para o trimestre de Natal (outubro–dezembro 2025):
- Crescimento de 10–12% nas receitas totais, vs. 6,6% esperado;
- Crescimento de dois dígitos nas vendas do iPhone;
- Custos tarifários estimados em 1,4 mil M USD, mantendo margens robustas.
Tim Cook reforçou otimismo com a retoma da China e o reforço de encomendas nos EUA e Europa, enquanto o CFO Kevan Parekh confirmou que a margem operacional permanece em máximos históricos, sustentada por “mix de produto favorável e disciplina de custos”.
Fatores Estratégicos Recentes
1. Impulso do iPhone 17 e valorização recorde
A série iPhone 17 revelou-se o maior lançamento desde 2020. As versões Pro e Pro Max tornaram-se best-sellers globais, com a Apple a recuperar a liderança em smartphones premium.
As ações subiram 4,2% a 20 de outubro, levando a capitalização bolsista para 3,9 biliões USD, a um passo do marco dos 4 biliões.
2. Reforço na Índia e política fiscal
Em paralelo, a empresa intensificou o lobby junto do governo indiano para alterar a lei de imposto sobre rendimento de 1961, que limita a posse de máquinas de produção por empresas estrangeiras.
A Apple teme ser taxada sobre os lucros globais gerados em fábricas locais, caso mantenha a estrutura de propriedade de equipamento que usa na China. Uma revisão legal permitiria acelerar a produção e reduzir custos na sua segunda maior base industrial.
3. Expansão em serviços e media
A Apple TV+ assegurou em outubro de 2025 os direitos exclusivos de transmissão da Fórmula 1 nos EUA por 5 anos, avaliados em 140 milhões USD anuais, mais de 50% acima do contrato anterior com a ESPN. O acordo eleva o perfil global do serviço de streaming, que já soma 22 prémios Emmy e 628 milhões USD de receitas cinematográficas do filme F1: The Movie.
4. Pressão regulatória na Europa
A Comissão Europeia recebeu nova queixa formal de dois grupos de direitos civis contra as políticas da App Store e do iOS, alegando violação do Digital Markets Act (DMA).
A denúncia destaca a exigência de uma garantia bancária (“stand-by letter of credit”) de 1 milhão EUR para programadores, considerada discriminatória e restritiva para PME e lojas de apps independentes.
A Apple, já multada em 500 milhões EUR em abril, rejeitou as acusações, afirmando que o DMA “obriga a termos de negócio confusos e nocivos para os utilizadores”.
Interpretação de Mercado
O conjunto de eventos de outubro consolida duas dinâmicas paralelas na Apple:
- Força operacional e comercial, com produtos e serviços em clara aceleração;
- Pressões regulatórias e fiscais crescentes em mercados-chave (UE e Índia).
Do ponto de vista de mercado, os investidores valorizam sobretudo a resiliência do iPhone e a capacidade de gerar margens elevadas mesmo sob restrições de oferta.
O título acumula +24% no trimestre e foi um dos principais motores do Nasdaq 100, embora ainda atrás de Nvidia e Microsoft em 2025 devido ao atraso em soluções de IA.
Conclusão
A Apple entra no último trimestre de 2025 no ponto mais alto da sua trajetória financeira e de mercado, mas também sob maior escrutínio regulatório global.
Os resultados e previsões confirmam um retorno vigoroso da procura, liderado pelo iPhone 17 Pro, pela integração de hardware e serviços premium, e pela expansão do ecossistema digital.
Contudo, a exposição a políticas comerciais e fiscais e a falta de liderança visível em inteligência artificial continuam a ser os principais riscos estratégicos.
A curto prazo, a Apple mantém um perfil de crescimento sólido e disciplinado, com margens superiores e previsões otimistas; a médio prazo, a diversificação geográfica e tecnológica será crucial para sustentar a liderança num cenário de regulação tecnológica cada vez mais exigente.
Visite o Disclaimer para mais informações.
Os valores encontram-se em sistema métrico europeu.
(Artigo a Apple, formato “News”, atualizado com informações até 30 de Outubro de 2025. Categorias: Tecnologia. Classe de Ativos: Ações. Tags: Acionista, EUA, Apple, Earnings, Consumo, Smartphones, Inteligência Artificial)