Howard Hughes Holdings – 2025 acelera com MPCs em máximos, caixa reforçada e orientação revista em alta
Aqui pode acompanhar as últimas informações relacionadas com a Howard Hughes. Acompanhamos de forma contínua os desenvolvimentos mais relevantes que impactam esta empresa e consolidamos os pontos essenciais num formato que oferece uma visão clara, objetiva e alinhada com a nossa análise.
Strategic Highlights – 10 novembro 2025
- Lucro de 2,02 dólares por ação no 3T25, após o impacto GAAP negativo do 2T25.
- Adjusted Operating Cash Flow 2025 revisto para 415–465 milhões de dólares (midpoint 440 milhões).
- MPC EBT atinge 205 milhões de dólares no 3T25, novo máximo histórico.
- Condomínios acumulam 1,4 mil milhões de dólares em receitas futuras contratadas.
- Liquidez reforçada para 1,5 mil milhões de dólares, com a Pershing Square a controlar 46,9% do capital.
Nota de Contexto
A Howard Hughes Holdings (HHH) baseia-se num portefólio de comunidades planeadas (MPCs), ativos de rendimento e projetos residenciais / mistos em mercados como Houston, Las Vegas, Phoenix e Honolulu. Em 2025, inicia uma transição estratégica para um holding diversificado, apoiada pelo investimento de 900 milhões de dólares da Pershing Square, que passa a ser acionista dominante e advisor estratégico.
1. Recuperação clara entre o 2T e o 3T
A evolução trimestral mostra a diferença entre efeitos contabilísticos pontuais e a força subjacente da operação. O 2T25 registou uma perda de 12 milhões de dólares devido ao impacto GAAP associado à venda de MUD receivables, ainda que a operação tenha libertado 180 milhões de dólares de caixa e reduzido dívida.
No 3T25, esse efeito desaparece e os resultados refletem a atividade real do negócio: o lucro sobe para 119 milhões de dólares, e o Adjusted Operating Cash Flow praticamente duplica, passando de 91 milhões para 199 milhões de dólares. Este salto leva à revisão em alta da projeção anual para um midpoint de 440 milhões de dólares, cerca de +90 milhões face ao plano inicial.
2. MPC: preços recorde, volumes elevados e EBT em máximos
Os MPCs continuam a ser o núcleo económico da empresa. O 2T25 destacou-se pelo poder de preço, com um valor médio de 1,35 milhões de dólares por acre, incluindo transações premium em Summerlin que atingiram 1,6 milhões/acre e lotes custom acima de 7 milhões/acre. Já o 3T25 foi marcado pelo volume, com a venda de 349 acres, mais do dobro do período homólogo. Esta forte atividade inclui uma venda bulk em Summerlin de 231 acres a 434 mil dólares/acre, operação de margem de 75% que reduziu o preço médio do trimestre mas acelerou a entrada de caixa e a rotação de desenvolvimento.
Mesmo com esse efeito de mistura, os acres premium de Summerlin mantiveram um preço de 1,7 milhões de dólares/acre, demonstrando continuidade da procura nos segmentos de maior valor. O impacto conjunto destas dinâmicas é visível no MPC EBT, que salta de 102 milhões de dólares no 2T para 205 milhões no 3T, o melhor trimestre de sempre levando a orientação anual para cerca de 450 milhões de dólares.
3. Operating Assets: estabilidade, ocupações elevadas e NOI progressivo
O portefólio estabilizado mantém um comportamento consistente, com NOI a crescer entre 4% e 6% nos dois trimestres analisados, totalizando 208 milhões de dólares nos primeiros nove meses do ano. Nos escritórios, a expiração de abatimentos e a atividade positiva de arrendamento sustentam uma ocupação de 89%. O segmento multifamily continua a ser um dos motores mais confiáveis, com 96–97% de ocupação e contributos crescentes de ativos ainda em fase de estabilização, como Tanager Echo, Wingspan, Marlow e, mais recentemente, 1 Riva Row. No retalho, o crescimento volta a terreno positivo no 3T, após a normalização de um item não recorrente registado em 2024.
Com a maturação destes ativos, o NOI estabilizado projetado para o conjunto do portefólio sobe para 360 milhões de dólares, refletindo um pipeline ainda em consolidação.
4. Condomínios: pipeline pré-vendido e conversão iminente em caixa
A frente de desenvolvimentos estratégicos mantém elevada visibilidade. Os projetos Melia e ’Ilima acumulam 208 unidades pré-vendidas no 3T25, totalizando 1,4 mil milhões de dólares em receitas futuras. The Launiu avança para 68% de pré-vendas, enquanto Ulana, totalmente vendido, entra em fase de closings no 4T25, onde deverão ser reconhecidos 360 milhões de dólares, ainda que sem margem por se tratar de habitação workforce.
No Texas, o Ritz-Carlton The Woodlands progride para 74% pré-vendido, com a empresa a gerir o inventário remanescente de forma estratégica, preservando a valorização próxima da conclusão.
5. Balanço: liquidez excecional e melhoria de perfil de dívida
A HHH chega ao 3T25 com uma posição financeira particularmente sólida: 1,5 mil milhões de dólares em caixa e 1,3–1,4 mil milhões em linhas de financiamento de desenvolvimento não utilizadas. Várias dívidas foram prorrogadas ou renegociadas com condições mais favoráveis, reduzindo spreads e empurrando maturidades para 2026–2031. A redução das Bridgeland Notes para 85 milhões de dólares confirma a utilização eficiente da liquidez proveniente das vendas de MUD receivables.
O cash G&A permanece controlado, com um midpoint de 81 milhões de dólares, mesmo após integrar a base advisory fee da Pershing Square, compensada por poupanças provenientes de reestruturações internas.
Conclusão
A Howard Hughes encerra 2025 com uma combinação rara no setor: MPCs em máximos históricos, ativos estabilizados com ocupações robustas, pipeline residencial já praticamente pré-vendido e um balanço com liquidez suficiente para suportar simultaneamente desenvolvimento imobiliário e expansão estratégica. O reforço acionista da Pershing Square adiciona um novo vetor: a transformação para um holding diversificado, que poderá elevar o potencial de criação de valor líquido por ação nos próximos anos, desde que mantida a disciplina de alocação de capital que tem marcado o exercício de 2025.
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Os valores encontram-se em sistema métrico europeu.
(Artigo sobre os Earnings (Resultados) da Howard Hughes, formato “News”, atualizado com informações até 10 de Novembro de 2025. Categoria: Imobiliário. Classe de Ativos: Ações. Tags: Acionista, Imobiliário, EUA)