Macy’s volta a subir previsões após virar o ciclo de resultados, avanço de 20% nas ações confirma confiança no plano de reestruturação
Aqui pode acompanhar as últimas informações relacionadas com a Macy´s. Acompanhamos de forma contínua os desenvolvimentos mais relevantes que impactam esta empresa e consolidamos os pontos essenciais num formato que oferece uma visão clara, objetiva e alinhada com a nossa análise.
Strategic Highlights – 03 setembro 2025
- Lucro ajustado anual revisto em alta para 1,70–2,05 USD/ação (anterior: 1,60–2,00 USD).
- Receitas previstas agora entre 21,15 e 21,45 mil M USD, superando o topo da faixa anterior.
- Margem bruta anual sofrerá impacto de 40–60 pb devido a tarifas sobre importações chinesas (antes: 20–40 pb).
- Ações disparam 20% após resultados do 2.º trimestre superarem expectativas (lucro 0,41 USD/ação vs 0,18 USD esperados).
- Plano de reestruturação iniciado em fevereiro de 2024 mostra progresso, com fecho de 150 lojas até 2026 e reforço nas insígnias premium Bloomingdale’s e Bluemercury.
Nota de Contexto
A Macy’s Inc., um dos maiores retalhistas de armazéns dos EUA, atravessa desde 2024 um processo profundo de reorientação estratégica face à erosão da procura em lojas físicas e à competição crescente de retalhistas off-price e big-box.
Sob a liderança de Tony Spring (CEO desde 2024), o grupo foca-se em:
- Encerrar pontos de venda de baixo desempenho;
- Reforçar marcas premium e beleza (Bloomingdale’s e Bluemercury);
- Modernizar a experiência digital e fidelização;
- Reequilibrar margens através de preços seletivos para mitigar o impacto de tarifas de 100% sobre produtos importados da China, decretadas no início de 2025.
1. Linha Cronológica Recente
| Data | Evento | Impacto |
| 28 maio 2025 | Macy’s corta previsão de lucro anual para 1,60–2,00 USD/ação, citando tarifas e abrandamento no consumo. | Sentimento “Mostly Negative”; ações voláteis (+1% final). |
| 3 setembro 2025 | Empresa eleva previsões e supera estimativas no 2.º trimestre. | Ações sobem 20%; confiança renovada na execução do plano de reestruturação. |
2. Resultados e Revisão de Guidance
28 maio 2025 – Fase de pressão das tarifas
- Lucro ajustado FY2025: revisto de 2,05–2,25 USD para 1,60–2,00 USD/ação.
- Impacto das tarifas: –0,10 a –0,25 USD/ação (≈–25 pb na margem).
- Receitas mantidas: 21,0–21,4 mil M USD.
- Origem dos custos adicionais: ≈20% do portefólio de marcas próprias ainda dependente de produção na China.
- CEO Tony Spring admitiu que a empresa “adotou uma abordagem mais cautelosa”, embora sem retirar guidance, ao contrário de concorrentes diretos.
3 setembro 2025 – Fase de recuperação operacional
- Lucro ajustado (Q2 FY2025): 0,41 USD/ação, superando os 0,18 USD esperados.
- Receitas Q2: 4,81 mil M USD (vs 4,76 mil M esperados).
- Guidance anual: atualizado para 1,70–2,05 USD/ação e 21,15–21,45 mil M USD em vendas.
- Margem bruta: impacto das tarifas aumentado para 40–60 pb.
- CFO Thomas Edwards afirmou que a empresa “adotará uma abordagem cirúrgica de preços” para compensar o aumento de custos.
“O cliente está a responder a novas categorias e não a promoções. O sentimento é positivo e indica procura genuína”, disse o CEO Tony Spring após os resultados.
3. Drivers do Turnaround
O desempenho recente reflete os primeiros efeitos tangíveis da estratégia iniciada em fevereiro de 2024, que inclui:
- Fecho de 150 lojas até 2026, concentrando investimento em localizações de elevado potencial;
- Reposicionamento de marca para atrair consumidores de rendimento médio-alto;
- Expansão da gama de luxo e cosmética via Bloomingdale’s e Bluemercury;
- Rigor na gestão de stocks e redução de promoções.
O reposicionamento já gera ganhos de margem e maior previsibilidade de fluxo de caixa, num contexto de consumo americano fragilizado e pressões tarifárias persistentes.
4. Avaliação de Mercado e Perspetivas
Analistas classificaram a subida das previsões como um “sinal de confiança raro no retalho norte-americano”.
Segundo Suzy Davidkhanian (eMarketer), o movimento é “audacioso”, dado o ambiente de consumo apertado e competição intensa.
A volatilidade de custos de importação continua o principal risco, mas a combinação entre mix de produtos premium e gestão de preços seletiva deverá proteger a margem EBIT no segundo semestre.
Conclusão – Macy’s
A empresa parece ter atingido o ponto de inflexão operacional.
O foco em categorias de maior valor e na consolidação de lojas de elevado desempenho permitiu contrariar o impacto das tarifas e recuperar confiança do mercado.
Com execução disciplinada, a Macy’s poderá voltar a crescer em 2026, beneficiando de sinergias de rebranding e expansão digital, num setor em que a maioria dos concorrentes ainda revê guidance em baixa.
Visite o Disclaimer para mais informações.
Os valores encontram-se em sistema métrico europeu.
(Artigo sobre os Earnings (Resultados) da Macy´s, formato “News”, atualizado com informações até 03 de Outubro de 2025. Categoria: Consumo. Classe de Ativos: Ações. Tags: Acionista, EUA, Macy´s, Consumo, Vestuário)