Santos Earnings, News – 06 Mar 25

Aqui pode acompanhar as últimas noticias relacionadas com a Santos. As notícias são uma componente importante pois ajudam a manter uma linha condutora em relação aos eventos mais relevantes que afetam esta empresa.


Santos Regista Queda Acima do Esperado no Lucro de 2024, mas Prevê Ponto de Viragem com Novos Projetos

DESTAQUES (19 de fevereiro de 2025)

  • Lucro líquido caiu 16%, para 1,2 mil milhões de dólares, abaixo da previsão de 1,32 mil milhões.
  • Dividendo reduzido em 41%, para 10,3 cêntimos por ação, face aos 17,5 cêntimos do ano anterior.
  • Ações da Santos desvalorizaram 4,5%, tendo performance abaixo do índice de referência S&P/ASX 200, que caiu 0,7%.
  • Produção anual totalizou 87,1 milhões de barris, afetada por menores volumes na Austrália Ocidental e no campo Bayu-Undan.
  • Primeira produção de gás do projeto Barossa prevista para setembro de 2025; projeto Pikka, no Alasca, com início planeado para meados de 2026.
  • Política de dividendos revisada para devolver 60% do fluxo de caixa livre aos acionistas a partir de 2026, face aos 40% anteriores.

Desempenho Financeiro e Impacto no Mercado

A produtora australiana de petróleo e gás Santos registou um declínio de 16% no lucro líquido em 2024, totalizando 1,2 mil milhões de dólares, abaixo da previsão de 1,32 mil milhões de dólares estimada pelo Visible Alpha Consensus. A empresa atribuiu a quebra de rendimentos à queda dos preços do petróleo e gás, disrupções na cadeia de abastecimento e uma diminuição da procura na China.

A produção anual caiu para 87,1 milhões de barris, pressionada pela redução da extração de gás na Austrália Ocidental e pelo declínio dos volumes do campo Bayu-Undan, no Mar de Timor.

Como consequência da queda do lucro, a Santos anunciou um corte de 41% no dividendo, reduzindo-o para 10,3 cêntimos por ação, abaixo dos 17,5 cêntimos distribuídos no ano anterior. Este anúncio impactou negativamente a confiança dos investidores, levando as ações da empresa a registarem uma queda de 4,5%, um desempenho inferior à queda de 0,7% do índice S&P/ASX 200.

Apesar da desaceleração financeira, a liderança da Santos mantém-se otimista, destacando que a empresa está perto de um ponto de viragem, à medida que novos projetos de grande escala se aproximam da fase operacional.

Futuro da Produção: Barossa e Pikka Como Motores de Crescimento

A administração da Santos, liderada pelo CEO Kevin Gallagher e pelo presidente Keith Spence, afirmou que, apesar do impacto negativo no lucro, os grandes investimentos da empresa começarão a gerar retorno em 2025. Em particular, destacaram dois projetos estratégicos:

Projeto Barossa – um investimento de 4,3 mil milhões de dólares, que enfrentou atrasos devido a preocupações com o impacto em comunidades indígenas. A empresa revelou que 91% da infraestrutura já está concluída e que a primeira produção de gás está prevista para setembro de 2025.

Projeto Pikka (Fase 1) – Alasca – com forte progresso operacional, está programado para entrar em funcionamento em meados de 2026. No entanto, a empresa indicou que um início antecipado poderá ser possível, dependendo das condições meteorológicas e logísticas.

Segundo Gallagher, a entrada em operação do Barossa e do Pikka aumentará a produção anual em mais de 30% nos próximos dois anos, reforçando a posição da Santos no setor energético global.

Redução de Custos e Estratégia de Crescimento Sustentável

Com o objetivo de melhorar a eficiência e aumentar a liquidez, a Santos anunciou um plano de corte de custos entre 100 e 150 milhões de dólares, permitindo libertar capital para novos investimentos. Entre os projetos futuros, a empresa pretende:

Exploração de gás de xisto na Bacia de Beetaloo (norte da Austrália), com início da perfuração em 2026, para abastecer as fábricas de GNL de Gladstone e Darwin.
Tomada de decisão final nos próximos 12-14 meses para os projetos de gás Papua LNG e P’nyang, na Papua-Nova Guiné, e para o Agogo Production Facility tie-in project, que abastecerá o PNG LNG.

Além disso, a Santos anunciou uma mudança na política de dividendos, aumentando a percentagem de fluxo de caixa livre distribuída aos acionistas de 40% para 60% a partir de 2026.

Conclusão

Apesar da queda acentuada no lucro e da redução do dividendo em 2024, a Santos mantém-se otimista em relação ao seu potencial de crescimento. Os projetos Barossa e Pikka são fundamentais para impulsionar a produção nos próximos anos, e a empresa já trabalha em estratégias de expansão a longo prazo, incluindo a exploração de novas fontes de gás.

Os investidores permanecem cautelosos, refletindo-se na queda de 4,5% das ações após o anúncio dos resultados. No entanto, a combinação de maior produção, cortes de custos e maior retorno aos acionistas a partir de 2026 pode fortalecer a posição da empresa no setor energético global.


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Os valores encontram-se em sistema métrico europeu.

(Artigo sobre os Earnings/Resultados da Santos, formato “News”, atualizado com informações até 24 de Fevereiro de 2025. Categorias: Acionista. Tags: Acionista, Santos, Earnings, Energia, Petrolífera, Petróleo, Gás Natural, Austrália)

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