
Aqui pode acompanhar as últimas noticias relacionadas com a Starbucks. As notícias são uma componente importante pois ajudam a manter uma linha condutora em relação aos eventos mais relevantes que afetam esta empresa.
Starbucks falha previsões trimestrais com queda na procura nos EUA e margem sob pressão
Destaques (29 de abril de 2025)
- A Starbucks reportou a 29 de abril uma queda de 1% nas vendas comparáveis globais no segundo trimestre, pior do que os 0,26% esperados pelos analistas
- As vendas comparáveis na América do Norte caíram 1%, refletindo uma procura mais fraca por cafés premium no atual ambiente económico
- As margens brutas caíram 590 pontos base no trimestre, com o lucro ajustado por ação a ficar em $0,41, abaixo da estimativa de $0,49
- Na China, as vendas mantiveram-se estáveis, após quatro trimestres consecutivos de queda, mas continuam pressionadas pela concorrência local
- As vendas internacionais subiram 2%, contrariando as previsões de uma queda de 1,13%, segundo dados da LSEG
Procura fraca nos EUA afeta desempenho
A Starbucks registou uma queda de 1% nas vendas em mesmas lojas no segundo trimestre do seu ano fiscal, abaixo das previsões de um recuo de apenas 0,26%. O resultado reflete um consumidor norte-americano mais cauteloso, perante um ambiente macroeconómico marcado pela inflação e incertezas causadas pela política comercial dos EUA.
As vendas comparáveis na América do Norte, que representam a maior fatia do negócio da empresa, também caíram 1%, quando se esperava um declínio de apenas 0,24%. O CEO Brian Niccol reconheceu as dificuldades:
“Os nossos resultados financeiros ainda não refletem os progressos que estamos a fazer, mas vemos verdadeiro momentum com o plano ‘Back to Starbucks’”, afirmou.
China estabiliza, mas concorrência pressiona
No seu segundo maior mercado, a Starbucks registou vendas estáveis na Grande China, depois de quatro trimestres consecutivos de queda. No entanto, a empresa continua a enfrentar pressão crescente de marcas locais mais baratas, o que limita a capacidade de recuperação.
A estabilização é vista como um primeiro sinal positivo, mas os analistas alertam que a empresa terá de adaptar mais rapidamente o seu modelo a preferências locais e sensibilidade ao preço.
Negócio internacional surpreende pela positiva
Em contraste com a fraqueza nos seus dois maiores mercados, a Starbucks reportou um crescimento de 2% nas vendas comparáveis internacionais, superando as expectativas que apontavam para uma queda de 1,13%.
Este resultado foi impulsionado por mercados emergentes e europeus, onde a marca continua a expandir presença e adaptar produtos ao gosto local.
Margens em forte queda e lucros abaixo do esperado
O desempenho financeiro foi penalizado por uma queda acentuada na margem bruta, que caiu 590 pontos base no trimestre. Isto refletiu:
- Custos operacionais mais elevados
- Pressão promocional para atrair consumidores
- Impacto da menor alavancagem operacional com vendas mais fracas
A Starbucks reportou lucros ajustados de $0,41 por ação, abaixo das previsões dos analistas, que apontavam para $0,49.
Conclusão
A Starbucks enfrenta um momento de ajustamento estratégico num ambiente desafiante, com a procura em queda nos EUA, recuperação lenta na China e margens sob pressão. O plano “Back to Starbucks” procura recentrar a empresa na sua experiência de loja e na fidelização dos clientes, mas os resultados ainda não acompanham as mudanças em curso.
A estabilização na China e o crescimento fora dos dois maiores mercados são sinais encorajadores, mas o sucesso futuro dependerá da capacidade da empresa de equilibrar preços, eficiência e diferenciação da experiência face à concorrência cada vez mais ativa no setor.
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Os valores encontram-se em sistema métrico europeu.
(Artigo sobre os Earnings/Resultados da Starbucks, formato “News”, atualizado com informações até 29 de Abril de 2025. Categorias: Acionista. Tags: Acionista, Starbucks, Earnings, Consumo, Restaurantes, EUA)