
Aqui pode acompanhar as últimas noticias relacionadas com a Tesco. As notícias são uma componente importante pois ajudam a manter uma linha condutora em relação aos eventos mais relevantes que afetam esta empresa.
Tesco antecipa queda nos lucros em 2025/26, mas reforça competitividade e mantém posição sobre carne importada
Destaques (13 de maio de 2025)
- Tesco projeta lucro operacional ajustado entre 2,7 e 3,0 mil milhões de libras para o ano fiscal de 2025/26, abaixo dos 3,13 mil milhões registados em 2024/25
- Grupo anunciou cortes de preços em centenas de produtos e sinalizou intensificação da concorrência com Asda e Aldi
- Lucros pressionados por aumento de custos com salários, segurança social e nova taxa sobre embalagens
- Tesco reafirmou compromisso com carne 100% britânica e irlandesa, recusando aderir à quota de carne bovina dos EUA após novo acordo comercial
- Vendas subiram 3,5% no último exercício, para 63,6 mil milhões de libras, com um aumento de 4,3% nas vendas comparáveis no quarto trimestre no Reino Unido
- Empresa anunciou recompra de ações no valor de 1,45 mil milhões de libras e aumentou o dividendo em 13,2%, apesar do ambiente desafiante
Queda nas previsões reflete pressão competitiva
A Tesco, maior retalhista alimentar do Reino Unido, alertou que os lucros operacionais ajustados para o ano fiscal de 2025/26 (termina em fevereiro de 2026) deverão situar-se entre 2,7 mil milhões e 3,0 mil milhões de libras, abaixo dos 3,13 mil milhões registados em 2024/25, que representaram um crescimento de 10,6% face ao ano anterior.
A revisão em baixa reflete a crescente pressão competitiva, nomeadamente por parte da Asda, que lançou uma ofensiva de cortes de preços, e do contínuo avanço dos discounters como o Aldi. O CEO Ken Murphy afirmou que o grupo está “preparado para lidar com qualquer cenário competitivo” e que a Tesco continua empenhada em manter o seu domínio, com quase 28% de quota de mercado, o valor mais alto desde 2016.
Aumento de custos obriga a plano de poupança
A Tesco enfrentará um aumento de 235 milhões de libras em contribuições para a segurança social e um acréscimo de 180 milhões de libras devido à subida de 5,2% nos salários dos trabalhadores das lojas. A isto junta-se ainda uma nova taxa sobre embalagens, introduzida pelo governo trabalhista no seu orçamento de outubro de 2024.
Para mitigar esses impactos, a empresa planeia obter 500 milhões de libras adicionais em poupanças operacionais ao longo de 2025/26, mantendo o foco em eficiência e tecnologia.
Apesar da pressão nos custos e da revisão em baixa das previsões, o CFO Imran Nawaz destacou o novo programa de recompra de ações no valor de 1,45 mil milhões de libras e o aumento do dividendo em 13,2% como sinais da confiança da administração na sua estratégia.
Estratégia comercial agressiva: preços e fidelização
O grupo avançou recentemente com cortes de preços em centenas de produtos essenciais, em linha com a sua política de aproximação aos preços do Aldi. A combinação com o programa de fidelização Clubcard, que oferece descontos exclusivos a membros, continua a ser um pilar da estratégia comercial.
As vendas no Reino Unido cresceram 4,3% no quarto trimestre fiscal, acelerando face aos 3,8% registados no terceiro trimestre. No total do exercício de 2024/25, as receitas do grupo subiram 3,5% para 63,6 mil milhões de libras, evidenciando um desempenho sólido mesmo num contexto económico mais frágil.
Tesco recusa carne dos EUA e mantém política de abastecimento local
Apesar do novo acordo comercial entre o Reino Unido e os EUA, que permite a entrada de até 13.000 toneladas de carne bovina americana que cumpra os padrões britânicos, a Tesco rejeitou a possibilidade de mudar a sua política de abastecimento.
Ken Murphy garantiu que a empresa continuará a comprar exclusivamente carne de origem britânica e irlandesa, decisão justificada tanto por preferências dos consumidores como pela estratégia de suporte ao setor agropecuário local. A Sainsbury’s, segunda maior cadeia do país, mantém uma posição idêntica.
Com a diferença de preços entre a carne britânica e a americana praticamente inexistente, analistas admitem que a penetração da carne dos EUA no retalho britânico será limitada, pelo menos no curto prazo.
Conclusão
A Tesco inicia o exercício de 2025/26 num contexto de forte competição, aumento de custos operacionais e novas pressões regulatórias, mas mantém-se confiante na sua estratégia de liderança. A solidez do negócio, combinada com a proteção da marca através de preços competitivos e fidelização, confere-lhe vantagem numa eventual guerra de preços. A reafirmação do compromisso com carne de origem local reforça a ligação ao consumidor britânico e a diferenciação face a potenciais mudanças no comércio alimentar.
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Os valores encontram-se em sistema métrico europeu.
(Artigo sobre os Earnings (Resultados) da Tesco, formato “News”, atualizado com informações até 13 de Maio de 2025. Categoria: Consumo. Classe de Ativos: Ações. Tags: Acionista, Tesco, Consumo, Reino Unido)