TUI Earnings, News – 04 Out 25

TUI mantém guidance em 2025 após um verão misto e prepara arranque positivo para o inverno


Aqui pode acompanhar as últimas informações relacionadas com a TUI. Acompanhamos de forma contínua os desenvolvimentos mais relevantes que impactam esta empresa e consolidamos os pontos essenciais num formato que oferece uma visão clara, objetiva e alinhada com a nossa análise.


Strategic Highlights – 23 setembro 2025

  • EBIT Q3 atingiu 321 M€, +38% face a 2024, superando as estimativas de mercado.
  • Receitas 9M cresceram para 6,2 mil M€ (+7% YoY), com recorde em Hotels & Resorts e Cruises.
  • Reservas de verão caíram 2% YoY; na Alemanha a queda foi mais acentuada (-5%).
  • Guidance anual foi revista em alta em agosto para crescimento do EBIT entre +9% e +11%.
  • Início do inverno 2025/2026 considerado “positivo”, com forte procura para Canárias, Turquia e Egito.

Nota de Contexto

A TUI é o maior operador turístico europeu, com presença integrada em pacotes de férias, companhias aéreas, hotéis e cruzeiros. A empresa, com sede na Alemanha, tem uma relevância estratégica no turismo global por controlar toda a cadeia de valor — da venda do pacote à operação hoteleira. O verão é tradicionalmente o período mais rentável, mas a TUI tem vindo a diversificar para além da sazonalidade, investindo em destinos de todo o ano e em novas geografias como Ásia e Europa Central.

Evolução de 2025 por trimestre

Primeiro trimestre (Q1, fev 2025)

  • EBIT subiu para 51 M€ (vs 6 M€ em 2024).
  • Apesar do bom arranque, as reservas de verão cresceram apenas 2% e as ações caíram quase 11%.
  • Custos elevados em marketing e IT, e atrasos da Boeing na entrega dos 737 MAX até 2027, foram fatores de pressão.
  • Guidance de crescimento EBIT mantida nos +7% a +10%, mas já sinalizada como mais fraca face a 2024 (+25%).

Segundo trimestre (Q2, mai 2025)

  • EBIT negativo de -206,8 M€, pior face a -188,7 M€ em 2024.
  • Receitas ligeiramente em alta: 3,71 mil M€ (vs 3,65 mil M€ em 2024).
  • Ações caíram 10% após anúncio de reservas de verão -1%.
  • CEO Sebastian Ebel sublinhou que 2025 seria “desafiante”, destacando a Alemanha como elo fraco.
  • CFO notou fragilidade macroeconómica no país após mudança de governo, com impacto direto na procura turística.

Terceiro trimestre (Q3, ago 2025)

  • EBIT disparou para 321 M€, acima dos 269 M€ esperados, e +38% YoY.
  • Receitas cresceram 7% para 6,2 mil M€.
  • Segmentos de hotéis e cruzeiros registaram performance recorde.
  • Apesar de reservas de verão em queda de 2% devido à instabilidade no Médio Oriente, os preços médios de bilhetes +3% ajudaram a compensar custos.
  • Procura britânica manteve-se robusta; já na Alemanha, muitos consumidores adiaram férias para o outono.
  • TUI anunciou investimentos em piscinas aquecidas e melhorias em destinos durante todo o ano (Antalya, Grécia, Algarve), sinalizando aposta em “shoulder seasons”.

Atualização de setembro (23 set 2025)

  • Guidance anual e de médio prazo confirmada.
  • Ações +2,5% após anúncio.
  • Reservas aéreas de verão -2% YoY, com Alemanha novamente a destacar-se pela fraqueza (-5%).
  • Início do inverno 2025/2026 considerado sólido, com procura firme em destinos tradicionais de sol fora do verão.
  • Próxima divulgação oficial marcada para 10 dezembro 2025.

Drivers de desempenho

  • Hotéis e cruzeiros continuam a ser o motor da rentabilidade, compensando fragilidades da aviação.
  • Alemanha surge como mercado problemático: fraqueza macroeconómica, consumidores mais retraídos e maior impacto de fenómenos climáticos (verões muito quentes).
  • Reino Unido e destinos mediterrânicos sustentaram o crescimento, com consumidores a procurar soluções fora do pico de verão.
  • Diversificação geográfica em Ásia e Europa Central está em curso, mas efeitos só deverão ser visíveis em 2-3 anos.

Impacto de mercado

  • Ações mostraram elevada volatilidade ao longo do ano: quedas >10% em fevereiro e maio, recuperações em agosto e setembro (+2%-2,5%).
  • Guidance revista em alta e bons resultados de Q3 sustentaram recuperação parcial da confiança.
  • Perspetiva de dividendos a anunciar até final de 2025 pode funcionar como catalisador adicional.

Perspetivas

  • Inverno 2025/2026 inicia-se com sinais positivos, apoiados em destinos de sol alternativos e procura tardia de clientes alemães.
  • Pressão na aviação deverá manter-se devido a custos elevados e competição agressiva.
  • Turquia, Canárias e Egito continuam a ser os principais destinos resilientes.
  • Foco estratégico continuará a ser reduzir a sazonalidade e ampliar peso de hotéis/cruzeiros.

Conclusão

O ano fiscal de 2025 da TUI evidencia contrastes: um início volátil com perdas na primavera e uma recuperação robusta no verão, impulsionada pelo segmento hoteleiro e de cruzeiros. Apesar da fraqueza estrutural na Alemanha e da pressão sobre a aviação, a empresa conseguiu reforçar a guidance anual, sinalizando resiliência estratégica. O arranque positivo da época de inverno sugere que a aposta em diversificação de destinos e no prolongamento da temporada está a dar frutos. O grande teste será a capacidade da TUI em sustentar margens e procura no inverno e confirmar em dezembro a execução plena da guidance revista.


Visite o Disclaimer para mais informações.

Os valores encontram-se em sistema métrico europeu.

(Artigo sobre os Earnings (Resultados) da TUI, formato “News”, atualizado com informações até 23 de Setembro de 2025. Categoria: Media e Entretenimento. Classe de Ativos: Ações. Tags: Acionista, Media e Entretenimento, TUI, Alemanha, Viagens)

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